domingo, junho 28

Volta aos Mecos - 27.Junho.2009

Não é que não se esperasse tamanha dureza, mas foi um dia de sofrimento atroz…

Mais de 130 Km percorridos em cerca de 11:49:12 (reais, fora as paragens, foram aproximadamente 09:20:50 – diz o meu ciclocomputador), com um acumulado de cerca de 3200 mts e um terreno técnico com é a região de Alfena, Valongo, Paredes e Penafiel… com eucaliptos caídos no meio dos trilhos e estes, com muita pedra, com regueiros fundos, fazendo com que muitas subidas e descidas fossem dificílimas.

O desafio era subirmos a 6 Mecos da região (Casteição, Quinta-rei, Santa Justa, Pias, Senhora do Salto e Boneca)… e fizemos quase 100%... acabámos por não “picar” o da Boneca, porque já estávamos estoirados e optámos por não fazer a parte final da subida para este meco e ficámos pelo Parque Eólico.

Depois seguimos para a marginal e para o Porto.

CONSEQUÊNCIAS
Estou com o rabo assado e com o meu lado esquerdo cheio de arranhões…
O rabo foi do selim, possivelmente com a ajuda de uns calções um tamanho acima do meu, que provocou a sua fricção na minha pele, quase desde o início.
Os arranhões, são da minha curta experiência com pedais de encaixe e, provavelmente também excesso de aperto no pedal do lado direito, o que me fez cair várias vezes… o que valeu foi que era em momentos de abrandamento e em que o desencaixe não funcionou…PARCEIROO meu companheiro foi um BTTista do Clube BTT de Matosinhos, Américo Liberal, que tinha mais 4 parceiros em prova e que estava desemparelhado…
Apanhou comigo e foi um bom companheiro.
Não me deixou no monte (isto só por si já foi bom), puxou por mim na Senhora do Salto e na Boneca… eu estava a ficar quebrado… Gostei muito da sua forma de ser frontal e estou-lhe agradecido por ter partilhado este dia comigo. Abraço para ele.

ORGANIZAÇÃO
De facto, eles apenas tinham que recolher as inscrições, arranjarem os dorsais, fornecerem os tracks e fazer deste dia o horror que tinham prometido. Assim foi, nada tenho a apontar de negativo… Mas tenho como positivo o acompanhamento que fizeram de alguns concorrentes… Não podiam estar em todas. Mas antes da prova procuraram “acasalar” interessados que estavam sem parceiro… Foi o que aconteceu comigo e agradeço, especialmente ao Carlos.

GPSs
O meu GPS acabou por não ser utilizado… Porque, por azelhisse, gravei apenas uma parte do track e porque, a montagem que fiz do meu Garnin 276C trepidava em excesso… Na descida de Santa Justa, tinha escavacado o GPS (ainda bem que não o usei)… O do meu parceiro era um GARMIN 60 CX e, pelos vistos, fez a gravação a partir do TrackMaker, o que provocou a perda de alguns pontos do percurso… Se por isto ou não, andámos perdidos muitas, muitas, mesmo muitas vezes…

MECÂNICA
A mecânica sofreu que se fartou… Parafusos a soltarem-se, dropouts a quebrarem, vi muita coisa. A mim, desapertou-se a roda traseira duas vezes… Era a trepidação a dar cabo da coisa… Imaginem o mau pensamento que tive quando, de repente, estava na bicicleta e a roda traseira desencaixada… Acho que tive alguma sorte.

O QUE MAIS GOSTEI
Do percurso entre Alfena e Valongo, com raízes e ramos de eucaliptos no meio do trilho, com descidas a serem feitas a grande velocidade, com pedra solta, é verdade, mas pouca… e isto numa fase do evento em que ainda havia discernimento para estar fortemente atento e focado na descida… Ah, excepto os grandes regos numa das descidas onde um companheiro acabou por cair e sofrer um bocado...O QUE MENOS GOSTEIDas paredes em que tive que carregar a bicicleta às costas... Era mesmo para tornar a coisa horrível… E é claro que percebo que isto também é BTT e isto é mais uma mania minha…UMA PALAVRA FINALObrigado à organização, especialmente ao Carlos, e ao meu parceiro, o Liberal.
Rui Pena


"Roubei" estes comentarios do Blogue do meu parceiro de jornada (Rui Pena) para vos transmitir algumas das "sensações" vividas neste dia ... que para mim foi "o mais dificil de todos".
Partiparam, também, o Carlos Pedro, o Nando "sapatilhas", o Paulo "maratonas" e o Luis "nomad" e desta representaram o nosso Clube ao "mais alto nivel"... foram sempre primeiros em todo os "controlos".
Temos o Track gravado e caso tenham ficado "curiosos" podemos repetir a "dose" um dia destes.
A. Liberal

4 comentários:

  1. é verdade Liberal eu quase morri mas depois daquela febra no pão "bendita"
    e sandes de presunto com umas batatitas á mistura já deu para ficar a alguns por % acima e terminar este duríssimo passeio.
    PS: fico contente por alto nível. todos tivemos obrigado tb pela força dada pelos meus companheiros de equipa, Carlos, Paulo e luís se não fosse o forte incentivo ficava no salto mas tb não podia tinha chegado o Liberal e não tive licença para desertar.
    obrigado Liberal por toda a força.

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  2. Parabéns á organização porque foi dos melhores voltas de bike que já dei pelo Porto e arredores. Já tinha feito parte dos mecos no passado, pelo menos até ao 5, no aniversário do Pato, mas a partir dai foi descomunalmente espectacular. O empeno foi garantido.
    O BTT de Matosinhos esteve presente com duas equipas e meia e fomos juntos desde o inicio com a companhia também de uns colegas de Esmoriz que iam fazer o Nível I. Sempre a gerir o esforço e a água , porque não sabíamos o que nos esperava, e correu 5 estrelas sem furos, sem avarias e com muito cansaço no fim mas com uma grande vontade de repetir...Boa Carlos e Rui e contamos com 2010 nova aventura. Sugestão passar na Senhora do Salto obrigatório, as Febras fazem Milagres...

    http://picasaweb.google.com/neutron.mad/VoltaAosMecos#

    algumas parecem repetidas mas têm obturação diferente...

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  3. Foi bom, muito bom, duro, muito duro......

    Acima de tudo veio o companheirismo ao cimo e a vontade de curtirmos os trilhos (e o cansaço)!

    Quando é que repetimos???

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  4. Meu caro Luis o caso já está a ser pensado com uma vertente cultural e artistica á mistura e ao mesmo tempo menos dura... Temos duas hipoteses:
    ou dar a volta ao contrário... que é o que está a dar ou, que é a parte que me mais interessa, não reparas-te que os Mecos estavam um bocado sem TINTA? pensa nisso, e logo se vê

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